domingo, 6 de maio de 2012

O menino que pensava que pensava - Capítulo I - Sonhos 
 
Você rouba todos os meus sonhos, esconde-os de mim, por que me deixou lembrar daquela vez, de todos aqueles sonhos?
1º - O tigre
Estava caminhando pela cidade, com um antigo amigo, ouvi boatos sobre alguns animais que haviam escapado do zoológico (me lembrou um episódio na vida real, de quando eu estava no ensino fundamental). As pessoas estavam eufóricas, todos corriam para as suas casas. Meu amigo havia sumido. Virei me para o lado direito e avistei prédios e casas, no meio deles, uma rua, uma travessa, de longe vi um pelotão andando pelas ruas. Novos boatos, um dos animais que escapara, seria um leão. Não dei atenção para os alertas, eu só queria continuar andando para pensar nas coisas que estava acontecendo…
Foi então que me deparei com ele. Lá estava ele, parado, me encarando. Pensei em correr, pensei em me aproximar, sabia que se me aproximasse seria a minha morte, motivo o qual, me fez cogitar a possibilidade de chegar mais próximo e ao mesmo tempo de me afastar. Tantos pensamentos, tantos motivos, tantos sentimentos, tanto medo, era tanto de tanta coisa, mas pouco de ação, fiquei estático. Suava frio, Sentia calor e sentia frio, sentia calafrios. O clima estava tenso, fitava os seus olhos e ele rugia para mim, poderia continuar daquela forma, eu acho, mas a situação não dependia apenas de mim.
Como se eu não fosse nada e nem ninguém, ele se aproximou de mim, como se fosse também sua presa, minha presença era indiferente para sua soberania, aproximou-se. Não ouvia suas pegadas, não via suas patas, meus olhos se encontravam com os deles, e apenas com eles, meus ouvidos, sucumbiam diante de cada rugido, e rugido após rugido, o som se tornava cada vez mais pertinente e estridente, a ponto de ouvir seus pensamentos através deles.
Esperava que eu corresse, e assim que eu fizesse isso, me devoraria. Esperava que eu ficasse parado, para não ter o trabalho de correr atrás de mim para me despedaçar. Inútil foi contar com as minhas pernas nessa hora, “MEXAM-SE”…
Ele está cada vez mais próximo, mas ainda não me mordeu, nem me deu uma patada, nem nada. Apenas esperou por uma reação minha e rugiu. Passou-se trinta minutos desde que se encontrava a um palmo de distância de mim. Então, súbita e incontrolavelmente, levei a mão direita até a sua juba, e acariciei. Minha mão continuara intacta, meu medo apenas crescia, e todo o local foi tomado por sua presença. Eu não podia se quer pensar em dar um passo ou mover a outra mão, que ele rugia novamente para mim.
E assim foram os próximos minutos, longos minutos. Até que… deitou-se, e permitiu-me deitar-se contigo. E por ali fiquei, fazendo carinho nele.
Talvez em algum momento tenhamos nos enxergado um no outro. Perdi esse momento, devido ao medo. Ambos precisávamos que alguém nos compreendesse, que não se afastasse, precisávamos de carinho e de alguém ao nosso lado. Poderia passar o dia todo deitado. Mas meu sonho foi interrompido, não me lembro se foi porque acordei, ou se havia começado outro.
2º - Vocês
Um amigo passou na minha casa, para que visitássemos vocês. Fui com ele, chegamos em lugar aberto, parecia uma casa sem paredes e sem teto, havia alguns bancos e uma cama. Meu amigo e você ficaram no banco conversando. Havia outra pessoa, deitada. Acho que sairíamos para algum lugar. Então liguei no celular dela (apesar de estar a poucos metros de distância). Na terceira tentativa… acordou. Disse que já havia dito que não era para eu ligar quando estivesse dormindo e voltou a se deitar >.<
Mandei uma msg no seu celular. Acordou-a, levantou-se e…
Acabou o sonho.
3º - A casa
Estava na minha casa, sozinho, a casa tinha o formato de uma caverna e ao mesmo tempo de um navio, havia algumas cascatas nos degraus e umas cortinas de água no lugar dar portas. Saindo de um cômodo para outro, havia um pequeno trecho, uma ponte, com um abismo do lado esquerdo e parede do lado direito, internamente esse corredor era revestido como o casco de um navio e havia uma abertura para a janela (Alguma hora quando estiver com mais vontade, desenharei a “casa”). No fim do corredor, avistei um bulldog inglês, aproximadamente com 5 meses de idade. Este veio correndo na minha direção e começou a latir para mim e me morder, a princípio ele queria me machucar e que eu fosse embora, mas quando viu que não estava surgindo efeito, queria que eu brincasse com ele. Fiquei brincando com ele, ele virou de barriga para cima, para que eu fizesse carinho nele…acordei.
Por que esses três sonhos?
Eu nunca consigo me lembrar dos sonhos, mas agora estes não saem da minha cabeça, faz dias que sonhei com isso, e ainda consigo vê-los, me lembro de alguns detalhes, não consigo me lembrar completamente, mas eles ainda estão aqui, diferente dos outros sonhos que supostamente tive.
Não tem nada a dizer para mim? - Aguardando uma resposta de sua mente.
”             …”

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